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Você está no espaço Descrituras. Aqui encontrará alguns textos publicados, inéditos e outros esboços de minha autoria. Tratam-se de manuscritos para estudo e pesquisa. Desejo boas leituras.

historicidade das publicações

sexta-feira, 29 de dezembro de 2023

Filosofia Clínica Agridoce 9*

                                          Um não-ser como travessia

A categoria lugar - em Filosofia Clínica - refere-se à condição objetiva ou subjetiva de uma pessoa. Quando determinante, contribui para decifrar aquilo que a constitui como devir.  

Os endereços existenciais por onde transcreve sua realidade, apreciam os deslocamentos para rascunhar horizontes, um pouco antes de ser algo palpável.

Em Dostoiévski: “Fico imensamente feliz por ter descoberto que trago paciência em minha alma por tanto tempo, que não desejo as coisas materiais e não preciso de nada mais que livros e a possibilidade de escrever e de estar sozinho por algumas horas todos os dias. (...)”. (Correspondências, 2011. Pág. 78).

A referência de lugar, para uma pessoa, pode significar o mundo inteiro em processo de existir, uma vez que se entrelaça com sua condição singular, nem sempre compartilhável ao olho nu dos princípios de verdade. A malha intelectiva e os demais aspectos integrantes de uma estrutura de pensamento, podem ser incabíveis na formatação social onde sua vida acontece.

Para outras as referências partem de fora para dentro, ou seja, são agendadas pelo meio onde convivem com o mundo do trabalho, igrejas, avenidas, teatros...

João do Rio contribui: “(...) Se as ruas são entes vivos, as ruas pensam, têm ideias, filosofia e religião. Há ruas inteiramente católicas, ruas protestantes, ruas livres-pensadoras e até ruas sem religião.” (A alma encantadora das ruas, 2009. Pág. 38).   

Ao transitar pelas calçadas é possível ouvir os sons, sentir os cheiros, abraçar a brisa, vislumbrar as cores ao redor e, ao regressar ao universo subjetivo, ressignificar ou integrar isso tudo para emancipar suas fronteiras.   

Algumas pessoas serão sensíveis ao impacto das ruas, outras irão transitar invisíveis, sem ficar refém de uma ou outra circunstância objetiva. Essas, quando identificadas, parecem flanar pelas calçadas da cidade, por onde deslocam seus dias numa sensação de quase intocáveis.

Nina George traduz: “(...) Monsieur Perdu observou como o que lia alterava seus contornos de dentro para fora. Viu que Anna havia encontrado em si uma caixa de ressonância que reagia às palavras. Era um violino que aprendia a tocar a si mesmo.” (A livraria mágica de Paris, 2019. Pág. 38).

Existem livros e personagens que integram a relação familiar de quem lê. Como se fora seres de carne, osso, coração, sonhos, revestidos de papel e palavras. Para esses, os livros têm alma, são insubstituíveis, sugerem a extensão do próprio corpo, ao retornar a vida pelas mãos de um leitor.

Nesse sentido, não se refere a categoria lugar, como algo estático, impregnada de raízes e freios existenciais - os quais podem fazer sentido para algumas pessoas - mas um endereço existencial que se desloca para se encontrar.

Aquele abraço,

*hs

terça-feira, 26 de dezembro de 2023

Filosofia Clínica Agridoce 8*

 

Um certo ar de indiferença e uma invisibilidade social/institucional, tem oferecido um campo de trabalho significativo, ao novo paradigma da Filosofia Clínica. Não me refiro a interseção clínica com os partilhantes, nas milhares de horas-sessão de atenção e cuidado com o fenômeno da singularidade. Um reconhecimento incabível e intraduzível, se distante dos endereços onde acontecem. 

O viés da nova abordagem terapêutica, ao encontrar subsídios na Filosofia, se traduz numa qualidade de acolhimento, até então desconhecida pelos protocolos da medicina do corpo. Os exames categoriais buscam encontrar a singularidade lá onde se localiza existencialmente. A estrutura de pensamento é única e possui rituais subjetivos para viabilizar seu devir, longe dos consensos, aconselhamentos, orientações pré-estabelecidas.

As críticas que temos recebido de algumas instituições que se sentem ameaçadas, são homenagens ao nosso trabalho e contribuem para orientar nossas atividades. Pelas quais somos gratos. 

Fernando Pessoas indica: “(...) ninguém pode esperar ser compreendido antes que os outros aprendam a língua em que fala.” (Alguma Prosa, 1990. Pág. 74).

As repercussões do novo, junto aos contemporâneos, reivindicam uma espécie diferenciada de sujeito (para ser filósofo clínico). Este terá de, além de aprender a nova linguagem, conviver com: incompreensões, ressentimentos, isolamentos, ameaças. Ainda mais quando o paradigma recém-chegado, colocar por terra muitos edifícios reconhecidos.

Em um país (América Latina – A pátria grande – Darcy Ribeiro) de tendências coloniais, como se fazer entender, uma vez que a mídia e a maioria dos integrantes das cátedras acadêmicas, literárias, cinematográficas... se acham acorrentados no fundo da Caverna de Platão?  

Fernando Pessoas ensina: “Como pode uma época compreender ou apreciar aquilo que, por definição, a supera? (Alguma Prosa, 1990. Pág. 105).

Num tempo sem tempo, na vertigem da lógica tik-tok, da vida descartável, dos desatinos dos senhores da guerra e do lucro a qualquer preço, como enxergar a diferença, quando o próprio fenômeno humano se propõe a renúncia de sua condição?

Nesse sentido, contraditória a essas retóricas do cotidiano, a Filosofia Clínica prossegue cuidando da vida e das pessoas (que a encontram). Cabe um agradecimento aos métodos e instituições que contribuem com nossa agenda há quase 30 anos.

Aquele abraço,

*hs

domingo, 24 de dezembro de 2023

Filosofia Clínica Agridoce 7*


 

          





                                       A vida secreta das palavras 

Um pouco antes do aparecimento de um sujeito em pronúncias de ser singular, o que se tem é o dicionário de uso comum e um pretenso saber especialista, o qual não imagina ser refém de suas lentes.

Jorge Luis Borges auxilia: “As palavras, diz Stevenson, são destinadas ao comércio habitual do dia a dia, e o poeta de algum modo as converte em algo mágico.” (Esse ofício do verso, 2007. Pág. 84).

Octávio Paz ensina que todos somos poetas. O fragmento alerta para o fato de que existem múltiplas derivações, tendo como ponto de partida uma palavra, um contexto, uma expressão, muitas vezes desconhecida da própria pessoa e dos princípios de verdade.  

A clínica do filósofo aprecia localizar esses dialetos e idioletos, ao encontrar, pela via da fenomenologia, analítica da linguagem, hermenêutica compreensiva..., um sentido que pertença a própria pessoa, em um processo de reencontro consigo mesma.   

Ainda Borges: “Acho, porém, que o fato de termos longos catálogos de palavras e explicações nos faz pensar que as explicações esgotam as palavras, e que qualquer uma dessas moedas, dessas palavras, pode ser trocada por outra.” (Esse ofício do verso, 2007. Pág. 97).

O poeta e escritor argentino destaca que as explicações não esgotam o sentido de uma palavra, a qual - apesar da literalidade -, pode, a qualquer momento, assumir uma nova conformação discursiva.  

Veja-se um dos equívocos da igreja psicanalítica: ao oferecer suas tipologias, dispõe, como remédio, a distorção de uma originalidade. Como isso ocorre? Através de um discurso de saber-poder, com as hermenêuticas interpretativas, em cumplicidade com o gesso diagnóstico e prognóstico de sua alma gêmea: a psiquiatria. Assim, traduzem sonhos, esquecimentos, atitudes, caos criativo e libertário, como algo fora do comum. Sugerem desconhecer a existência de um sujeito em processo (questão metodológica).  

A cumplicidade de um espírito colonial com a submissão voluntária as retóricas da hegemonia (via manipulação midiática e outros), faz com que determinadas intervenções de aspecto terapêutico sigam conformando o fenômeno humano aos limites de um aquário existencial que não lhe representa.  

Por outro lado, já se vislumbram outros caminhos, na periferia e a margem dos consensos. Nesse sentido, ao ser sujeito de sua história, é possível a uma pessoa, deixar de ser refém de uma outra igreja, que não a sua própria expressividade em processo de existir.  

Aquele abraço,

*hs      

sábado, 23 de dezembro de 2023

Filosofia Clínica Agridoce 6*

 

Em Filosofia Clínica, uma das dificuldades em compartilhar adequadamente os eventos da hora-sessão, reside no fato de que a conjugação de aspectos como: o papel existencial, a expressividade, a qualidade da interseção e as possibilidades de construção compartilhada, costumam reivindicar atitudes de acordo com as dialéticas do instante.

Thomas Kuhn, em sua obra: “A Estrutura das Revoluções Científicas”, ed. 2013, pág. 117, em nota de rodapé, indica: ‘Michel Polanyi desenvolveu brilhantemente um tema (...) argumentando que muito do sucesso do cientista depende do “conhecimento tácito”, isto é, do conhecimento adquirido através da prática e que não pode ser articulado explicitamente’.

Lembro de um tempo em que ficava intrigado e desconfiado até, das retóricas bem ajustadas e bem-falantes de alguns profissionais da área Psi, quando falavam sobre sua atividade clínica, demonstrando uma espécie de controle – na verdade inexistente – que costuma agradar muita gente, despreparada para identificar seu jogo de cena. 

Esses malabarismos verbais, passam longe de traduzir os eventos da hora-sessão. Talvez por isso, alguns profissionais dessa área, depois de alguns anos de trabalho em consultório, sintam a necessidade de deixar de lado, muitas das definições da teoria, que lhe foram alcançadas, quando de sua deformação acadêmica.

O modelo de clínica da Filosofia Clínica - longe de ser a resposta para todas as coisas -, no entanto, oferece subsídios metodológicos de ajuste permanente da atividade do filósofo clínico, o qual pode realizar atualizações de acordo com o padrão autogênico necessário aos atendimentos com base na singularidade. Seu ponto de apoio será a própria estrutura teórico-prática da abordagem, a qual pressupõe em sua mensagem, as transformações que terá de oferecer, quando os fenômenos de consultório deixarem de ser a letra morta dos artigos, crônicas e definições bem ajustadas da teoria escolar.

Uma das contradições que raros suportam nessa profissão, é a distância que pode surgir, quando, nas dinâmicas de consultório, aparecem fatos de aspecto absurdo ou improvável, reivindicando ao filósofo clínico, um borogodó que não lhes é possível ensinar nos bancos escolares.   

Aquele abraço,

*hs

quinta-feira, 21 de dezembro de 2023

Filosofia Clínica Agridoce 5*

                                       Sobre a arte de ser invisível 

Por volta de 1999, na capital gaúcha, a Filosofia Clínica despontava como novidade, tanto no campo teórico como na atividade prática. O incômodo que causou - e ainda causa - aparecia na forma de ataques de alguns próceres - que se achavam donos? - do discurso filosófico acadêmico.

Aqui no Sul, acontecia algo semelhante ao que proibiu (anos 1980) Jean-Paul Sartre e Simone de Beauvoir palestrarem na capital gaúcha, quando de sua estada no Brasil. Outro caso, que ficou célebre do escracho da intelectualidade escolar, foi a censura e o exílio (anos 1970/1980) de outro grande pensador: Gerd Bornheim, por manifestar um viés excessivamente (?) filosófico e libertário com suas ideias. Assim, esse mesmo território produz (anos 1990) a Filosofia Clínica, com uma mensagem singular, revolucionária, questionadora das crenças e verdades até então hegemônicas.  

Nesse tempo, ocorriam debates, críticas maldosas, ameaças, a maioria por pessoas que não sabiam o que falavam, apenas liam: “Filosofia Clínica” e passavam a discorrer sobre o tema, despreocupados em saber mais e melhor. Revelando uma postura não-filosófica em relação ao novo paradigma.  

Depois de algum tempo - tentando esclarecer, divulgar, orientar - sugeri ao nosso grupo de trabalho, que fôssemos cuidar dos atendimentos, parcerias, desenvolvimento da nova abordagem - para incômodo ainda maior de alguns - já era um projeto nacional -.

Nessa época, lembro com carinho e gratidão, o fato de que, levado por um amigo, conheci a vila Alto Erechim (Morro Teresópolis), no extremo sul da capital gaúcha, onde comecei a trabalhar como filósofo clínico. Com esse evento aprendi as vantagens de ser invisível.

Por cerca de 04 anos conheci pessoas e realidades incríveis, dessas que você pensa existir somente nos filmes de ficção. Com eles desenvolvemos um espectro de construções compartilhadas de longo alcance, sempre com o apoio indispensável das agentes comunitárias, que iam de barraco em barraco, oferecendo os atendimentos do filósofo.

Numa sociedade cuja referência é a propaganda e a divulgação a qualquer preço de qualquer coisa ou pessoa, ser (quase) invisível pode ser pré-requisito para viabilizar sonhos, projetos, buscas existenciais. Distante do barulho das unanimidades e de um certo espírito de rebanho. E aí já se vão mais de 35.000 horas-sessão...    

Aquele abraço,

*hs

domingo, 17 de dezembro de 2023

Filosofia Clínica Agridoce 4*

A expressão “borogodó” foi o termo que encontrei, resultante das atividades da formação e atendimentos, para traduzir pré-juízos a uma candidatura ao ser filósofo clínico. Um conjunto de atributos que tem como ponto de partida: o talento, a sensibilidade e competência, dedicação aos estudos e a clínica pessoal. Esses aspectos, recheados de incompletude, oferecem uma fresta para as dialéticas do convívio e, talvez, um desenvolvimento ao ser terapeuta na nova abordagem.   

O dicionário comum fala em: “atração pessoal irresistível”, no entanto, essa definição pode servir para fins de relacionamentos afetivos, mas não para um papel existencial cuidador, que vai reivindicar, dentre outras coisas, uma distância aproximada com a retórica partilhante em clínica. 

Ter ou não ter um borogodó, é determinante para a atividade clínica do filósofo. Bem como para o partilhante que o encontra e, com ele, elabora um território para as construções compartilhadas que não alcançaria com outro profissional. 

A palavra borogodó é mais que uma palavra, como ensina Wittgenstein nas Investigações Filosóficas: “O significado de uma palavra é seu uso na linguagem.” (1996, pág. 38). Nesse sentido, é fundamento de uma clínica pessoal o autoconhecimento e a autodescoberta, um pouco antes ou concomitante aos estudos da teoria e práticas da formação.   

Aquele abraço,

*hs

sexta-feira, 15 de dezembro de 2023

Filosofia Clínica Agridoce 3*

Outro dia conheci um autor, desses - raros - que não fazem questão de notoriedade ou visibilidade, a não ser nas páginas de seus livros, onde oferece pistas sobre a pluralidade de eventos que o levaram a ser escritor.

Trata-se de Alberto Manguel, livreiro em Buenos Aires no tempo em que Jorge Luis Borges percorria as ruas da metrópole Argentina - em suas idas e vindas da Biblioteca Nacional - à procura de matéria-prima para sustentar seu vício predileto: a leitura. Nessas visitas e revisitas Borges encontra, na livraria onde Manguel trabalha, um amigo e um cúmplice da boa leitura. Este não poderia imaginar o que viria depois.

A relação se aprofunda e Manguel passa a frequentar a casa de Borges com regularidade. Trocam ideias sobre livros, autores, crítica literária, novidades no campo editorial. Depois disso, o jovem livreiro passa a cumprir um novo papel existencial para o amigo: agora como leitor.

Nessa época Borges já tinha perdido quase toda a visão, que lhe impedia de exercitar sua paixão dominante: a leitura e a escrita, para compor uma armadilha conceitual quase perfeita, ou seja, a retroalimentação de leitura-escrita-leitura, reféns da sua frequência - sem pressa - as bibliotecas.

Nesse convívio - com múltiplos agendamentos - onde o autor de “Ficções” desempenha um papel existencial íntimo de sua expressividade, se destaca a atividade de mentor para seu jovem amigo livreiro. Talvez Manguel, sem se dar conta na época, além de qualificar sua leitura, também ia desenvolvendo - pela via da interseção - uma série de competências para sua escrita. 

Hoje, radicado no interior da França, Manguel deixa vestígios de suas origens em sua obra, um desses lugares de onde retira a matéria-prima para sua habilidade e talento como escritor, possível homenagem ao velho professor de leitura e escritura: Jorge Luis Borges.

Aquele abraço, 

*hs

sexta-feira, 8 de dezembro de 2023

Filosofia Clínica Agridoce 2*

 

Sartre escreveu: “quando alguém escolhe um conselheiro, delimita a natureza do conselho que irá receber”. Esse ponto se aproxima do fenômeno da interseção em Filosofia Clínica, ou seja, quando a pessoa escolhe um terapeuta para sua clínica, sob muitos aspectos, delimita o alcance e desdobramentos dessa atividade.

No caso do novo paradigma, sendo o partilhante sujeito de sua história, tem o direito, e em alguns casos o dever de não concordar com o tratamento que lhe é oferecido, sem ter que justificar ou submeter-se a figura de um determinado saber poder especialista.

Existe exceção a essa regra, devido a legislação nacional, a qual prevê, em seus códigos e normas, os casos para internação involuntária, como:  interesse familiar, social, econômico, ideológico, patrocinados pela indústria de psicofármacos, ignorância cultural, metodológica.

Nos últimos anos, se oferece no país algumas alternativas, como o hospital-dia, CAPS (centro de atenção psicossocial), propondo algum avanço na área, no entanto, além dos equívocos metodológicos, a palavra final ainda é da psiquiatria, sendo ela também refém dos estudos e pesquisas de orientação farmacológica.  

Nesse ponto ocorre, muitas vezes, uma confusão entre as atribuições de um poder de polícia e o asilo de alienados, onde as pessoas, por motivos diversos, são mantidas reféns de uma autoridade: delegado de polícia, poder judiciário, psiquiatria, interesse econômico (internação no hospício custa caro!).     

Num período triste e recente de nossa história (1930 a 1980), foi cunhada a expressão “trem de doido” no Brasil, para descrever um comboio que partia da Bahia/BA rumo a Barbacena/MG, arrecadando pessoas pelo caminho (prostitutas, alcoólatras, desafetos políticos...), destinadas a internação involuntária, tortura, submissão, cura psiquiátrica. A jornalista e escritora Daniela Arbex, em sua obra: “Holocausto brasileiro”. Editora Geração/SP. 2013, descreveu em suas páginas o horror dessas práticas.  

Nossa busca é aliada do sonho por melhores dias, onde se ofereçam lugares para práticas de acolhimento compreensivo e intervenções de acordo com a singularidade, com um mínimo de medicamentos (casos excepcionais e por tempo limitado), sob a coordenação de grupos inter e transdisciplinares, aptos a oferecer procedimentos adequados a cada pessoa.   

Aquele abraço,

*hs